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A arte é algo necessário!

No artigo de hoje, quero conversar com você sobre um tema complexo e muitas vezes abstrato: arte. Não vou tentar defini-la, porque as definições são inúmeras, e gastaríamos muito tempo nisso. Meu objetivo é falar sobre a necessidade da arte e por que ela é importante para a sua vida.

Se observarmos nossa própria vida e a das pessoas ao nosso redor, perceberemos que temos várias preocupações, relacionadas a diferentes aspectos da realidade. Por exemplo, o aspecto físico: nos últimos anos, tem crescido a busca por saúde física, seja por meio de práticas esportivas, de uma rotina regular de exercícios (corrida, academia ou esportes variados), seja pela intenção de envelhecer de forma saudável. Isso é legítimo e importante.

Outras preocupações recaem sobre o aspecto biológico: fazemos check-ups médicos, tomamos vitaminas (pela alimentação ou suplementos) e buscamos orientações nutricionais para ter uma dieta equilibrada. Também há o aspecto econômico: economizar, investir, quitar dívidas. A vida é multifacetada, e cada aspecto exige nossa atenção.

Mas, se vivemos uma realidade tão rica em aspectos, por que damos tão pouca atenção ao aspecto estético? Pense nas suas resoluções de Ano Novo, caso você as faça. Quantas vezes você incluiu algo relacionado à arte, como visitar um museu, assistir a um concerto, adquirir uma obra de arte ou explorar novas expressões artísticas? É raro. Eu, pessoalmente, nunca conheci alguém que incluísse arte em suas metas anuais.

Duas objeções comuns surgem quando falamos de arte: a falta de interesse (“eu não gosto de arte”) e a falta de entendimento (“não entendo nada disso”). Mas evitar o contato com a arte empobrece nossa experiência com a realidade. Não vamos morrer por não consumirmos arte, diferente de ignorar a alimentação ou a saúde, mas nossa interação com o mundo será menos rica. A arte nos permite experimentar aspectos da criação e da realidade de forma única.

Por exemplo, ouvir um belo concerto, assistir a um bom filme, visitar uma exposição ou até admirar arte urbana proporciona experiências que não teríamos de outra forma. Se você sente que não gosta ou não entende de arte, é possível mudar isso. Para começar, pense na literatura. Quem deseja ler Dostoiévski, mas começa pelas obras mais densas, pode desistir rapidamente. Contudo, ao iniciar pelos contos ou textos mais acessíveis, a leitura se torna mais agradável, o interesse cresce, e é possível progredir para obras mais complexas. Com a arte, o processo é o mesmo: comece pelo simples e vá construindo repertório.

Quanto à falta de entendimento, a solução é buscar instrução. Ninguém nasce sabendo apreciar arte. Da mesma forma que uma pessoa que nunca foi à academia precisa de orientação para entender os exercícios, precisamos de guias no universo artístico. Isso pode incluir visitas guiadas em exposições, estudos sobre estética ou filosofia da arte, leitura de textos críticos e culturais. Aos poucos, o desconhecido se torna familiar.

Para finalizar, deixo uma reflexão de Makoto Fujimura, no livro Cuidado Cultural (página 98):
“O verdadeiro propósito da educação artística é criar seres humanos plenos, capazes de levar uma vida bem-sucedida e produtiva em uma sociedade livre. As artes não são, ou pelo menos não deveriam ser, um luxo, mas um caminho para educar todo o indivíduo na sua complexidade e integralidade para o florescimento.”

Sim, a arte importa. Espero que este artigo ajude você a compreender isso.


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