Assim como um filme bom depende de sua trilha sonora para articular sua trama, nossas narrativas pessoais e culturais também precisam de música para acontecer. Contudo, também como as trilhas, que progridem às vezes sem nem sequer percebemos, a música está tão entrelaçada no cotidiano que mal notamos sua presença.

Mas, ela está lá. Uma coadjuvante enquanto cumprimos as tarefas no trabalho, lavamos a louça e fazemos faxina na casa, esperamos no trânsito ou passeamos no shopping.

No entanto, a música é também protagonista na formação da nossa identidade cultural, pessoal e espiritual. Entre a arte e o entretenimento, a música pop tem notável potencial formativo, quando tocada nos templos, claro, ou nos festivais e outras catedrais da cultura popular. Quando tocada em vídeos ligeiros de uma rede social ou no som caseiro de uma vitrola.

O que você ouve? Como você ouve? E por que você ouve o que ouve? Será que temos sido bons ouvintes da música, da cultura e do que Deus canta em sua criação? Será que estamos atentos e sensíveis aos mundos que a música cria?