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A abordagem filosófica hebraica na compreensão da construção da imagem do Messias

Ensaio filosófico escrito por Bruno Martins de Camargo, estudante do Programa de Tutoria Filosófica 2025


Introdução

A figura do Messias é um dos aspectos centrais nas Escrituras. A promessa de um descendente da mulher que derrotaria a serpente e traria redenção à humanidade, cumprindo uma sequência de promessas de Deus ao Seu povo manteve viva a esperança no coração de Israel em toda sua História. A vinda de Jesus, cumprindo as profecias proferidas a respeito do Messias, é central para a compreensão da revelação de Deus à humanidade e impactou todo o mundo ao longo dos últimos dois milênios.

Ressalta-se, no entanto, que a figura do Messias não foi enxergada do mesmo modo por todas as pessoas, em todos os lugares e em todos os tempos. A própria Escritura, bem como escritos extrabíblicos, deixa evidente que houve um processo de desenvolvimento da identidade e da obra do Messias, alimentada pela revelação progressiva de Deus à humanidade, mas também por meio da reflexão filosófica dos sábios sobre os textos bíblicos. Nesse sentido, Dru Johnson (2023) defende a existência de uma filosofia do tipo hebraica nas Escrituras Sagradas, com características próprias, para refletir sobre a natureza da realidade, sistematizada conforme as seguintes características: estilo pixelado, entrelaçado, misterionista, criacionista, transdemográfico e ritualista. 

Diante disso, o objetivo do presente ensaio é demonstrar a presença, persistência e relevância de três elementos típicos da filosofia hebraica (os estilos pixelado, entrelaçado e ritualista) em um estudo de caso específico: a formação da imagem do Messias na história do pensamento hebraico. Os exemplos citados ao longo do trabalho abordarão todo o período cronológico do texto bíblico (Antigo e Novo Testamento), bem como, de modo sucinto, o período intertestamentário e períodos pós-apostólicos.

Uma breve introdução

Se fizermos uma leitura das Escrituras considerando o progresso da revelação, nos deparamos com o fato de que a figura do Messias redentor de Israel sofre uma evolução significativa no pensamento hebraico ao longo do tempo. Esse fato é visível quando comparamos o período de escrita da Torá com os tempos de Jesus, por exemplo. No primeiro caso, pouco é explicitamente dito sobre o Messias, apesar da presença de vários elementos que posteriormente foram aplicados à Sua identidade e obra; já no segundo caso, fica evidente que havia uma expectativa muito premente e detalhada para a vinda de Cristo, descrita tanto nos evangelhos quanto nos escritos não canônicos.

Embora escritos helenísticos e os próprios escritos do Novo Testamento apliquem figuras como a luz (Gn 1:2 e Jo 1:4), a Palavra (Jo 1:1) e a imagem do Deus invisível (Cl 1:15 e Hb 1:3) a Cristo, a primeira referência explícita a uma figura que traria redenção à humanidade está em Gn 3:15, quando Deus promete um descendente da mulher, que feriria a serpente na cabeça, embora ele mesmo fosse ferido por ela no calcanhar. Pouca coisa é dita sobre Ele, exceto as poucas informações acima. No entanto, essa figura de um redentor foi suficiente para que a descendência de Adão carregasse uma esperança de redenção. O restante do livro de Gênesis visa desenvolver, dentre outras coisas, a origem dessa figura, destacando especialmente o fato de que a nação de Israel seria a portadora da semente prometida.

Como uma semente que pouco a pouco germina, brota e cresce até se tornar uma árvore frutífera, os traços do Messias são desenvolvidos ao longo de toda a revelação, especialmente nos profetas, e os sábios de Israel refletirão sobre Suas características ao meditarem sobre os mesmos textos, à medida que novas informações são acrescentadas.

O estilo pixelado

O primeiro ponto que quero destacar neste ensaio é que essa construção do retrato do Messias é feita de modo pixelado. Nas palavras de Johnson (2023, p. 130-131): 

Por pixelado, quero dizer que os autores bíblicos definem os contornos de uma abstração de segunda ordem com imagens de e episódios sobre um conceito por meio de iterações e reiterações em narrativa, lei e poesia. Assim como o pixel participa da imagem montada exibida em uma tela, os argumentos das Escrituras são abordados e reificados em vários lugares das Escrituras. Para ver o padrão de segunda ordem emergir, é preciso dar um passo para trás e absorver toda a imagem que necessariamente inclui cada pixel discreto.1

A construção dessa figura não ocorre em uma referência única, mas em referências múltiplas e de maneira dispersa. Acontece por meio de revelações dadas a Moisés (Gn 3:15, Dt 18:18), bem como aos profetas, mas de maneira que os aspectos relativos à Sua identidade e Obra não são apresentados todos em conjunto nem de maneira completa em um único lugar. Alguns exemplos podem ser apresentados. Podemos citar as profecias relacionadas à sua origem. O texto bíblico demonstra que Ele seria descendente de Abraão, Isaque e Jacó (Gn 12:3, 26:4 e 28:14), de Judá (Gn 49:10) e de Davi (2 Sm 7:12-13 e Is 11:1). Mq 5:2 retrata sua cidade de origem, e Is 7:14, que seu nascimento seria por meio de uma virgem. Observa-se, com tais exemplos, que novas informações vão sendo acrescentadas no desenrolar da história, de maneira absolutamente dispersa (ou pixelada).

Sobre Sua natureza e obra, o texto bíblico ressalta sua divindade (Is 9:6), sua função como profeta (Dt 18:15), como rei e sacerdote eterno (Sl 110:4) e como luz para os gentios (Is 42:6 e 49:6); o fato de que seria rejeitado pelos homens (Is 53:3), seria traído por um amigo (Sl 41:9), vendido por trinta moedas de prata (Zc 11:12-13), passando por sofrimento e silêncio diante dos acusadores (Is 53:7), seria ferido e transpassado por nossas transgressões (Is 53:5), com mãos e pés perfurados (Sl 22:16), sendo zombado e escarnecido (Sl 22:7-8), sem, no entanto, ter seus ossos quebrados (Sl 34:20) e seria sepultado com os ricos (Is 53:9). O texto bíblico ressalta a Sua ressurreição (Sl 16:10), Sua exaltação e governo universal (Sl 110:1 e Dn 7:13-14) e o fato de que Ele reuniria o povo de Deus (Is 11:10-12). Outro exemplo que pode ser apresentado está nos diversos “tipos de Cristo” apresentados ao longo da História da revelação, homens e figuras que, em algum nível, apontam para traços desse Messias. Vemos isso em figuras claramente citadas no Novo Testamento, mas também em outros em que o próprio texto da Bíblia hebraica faz tal sugestão. 

Do primeiro grupo, temos Moisés e Davi como exemplos. O evangelho de Mateus ressalta explicitamente as semelhanças entre Moisés e o Messias: ambos sendo levantados após um longo período de “silêncio da parte de Deus”2, tendo passado por um período de extermínio de bebês do sexo masculino3 e tendo sua infância não relatada. Ambos são retratados como mediadores de uma aliança de Deus com Seu povo4 (no caso, a primeira e a nova aliança, respectivamente). Davi também é um bom exemplo, a ponto de o Messias ser claramente retratado como filho de Davi, devido às similaridades em seus reinados.

Do segundo grupo, talvez o exemplo mais proeminente seja o de José, cujo texto bíblico (no caso, o livro de Gênesis) sugere que ele carrega semelhanças com o descendente prometido da mulher, embora tal expectativa seja frustrada com sua morte no fim do livro5. São inegáveis, no entanto, os paralelos entre ele e o Messias: ambos eram amados pelo pai, passaram por intensos sofrimentos, foram traídos por Judá (Judas corresponde ao mesmo nome que Judá) e vendidos em troca de prata, foram exaltados por volta dos 30 anos6, foram rejeitados por seus próprios irmãos e acolhidos pelos gentios e foram bênção para todas as nações. Tal semelhança é tão evidente que, posteriormente, o judaísmo rabínico vai desenvolver a figura do Messias, filho de José7, como será exposto no item seguinte. Aqui, no entanto, fica evidente, por meio desses poucos exemplos, como o texto bíblico pouco a pouco constrói a imagem do Messias prometido, como que preenchendo um grande quebra-cabeça, caracterizando, portanto, um estilo pixelado de filosofia.

O estilo entrelaçado

A segunda característica enfatizada por Johnson (2023) é o entrelaçamento, definido por Johnson (2023) como “a prática literária de dependência intra e intertextual de ideias desenvolvidas em coordenação com (intra) ou significado derivado de (inter) outros textos”8. De fato, o texto bíblico é absolutamente conectado em todas as suas divisões. Pontos e conceitos destacados na Torá são reforçados, ampliados e aprofundados internamente na própria Torá, nos livros históricos, poéticos, proféticos e no Novo Testamento, de modo que sua compreensão plena depende da realização de uma boa teologia bíblica e desse olhar distante sobre o quadro geral.

Isso fica evidente quando olhamos para os diversos destaques da natureza e obra do Messias demonstrado no item anterior. Gn 3:15 é a primeira profecia que relata o sofrimento do Messias (“este o ferirá no calcanhar”). Este aspecto de sua obra, no entanto, é retomado múltiplas vezes nas Escrituras. O Salmo 22 descreve vários momentos e elementos da crucificação, conduzindo-nos a compreender toda violência física pelo qual o Messias passará e toda dor emocional envolvida, sobretudo no sentimento de abandono da parte de Deus. O profeta Isaías explora essa imagem de modo sem igual em Isaías 53, quando o Messias é retratado como “um homem de dor e familiarizado com o sofrimento”9. Cabe dizer que tais textos não são necessariamente explícitos a respeito do Messias. Seu enquadramento como profecias messiânicas antes da vinda de Jesus foi fruto de reflexão dos sábios sobre o cânon judaico, decorrente da percepção de que tais textos não poderiam ser aplicados plenamente à situação presente na qual foram escritos.

Essa construção da imagem do Messias não cessa com o profeta Malaquias. No período intertestamentário, a ideia de dois Messias – um sacerdotal e outro real – foi desenvolvida por algumas correntes do judaísmo intertestamentário, especialmente entre os essênios de Qumran10. Essa concepção se baseava na divisão das funções religiosas e políticas em Israel e refletia a expectativa de um duplo papel messiânico na redenção final. O Messias de Aarão, baseado nos textos de Zc 6:12-13 e Sl 110:4, seria um sacerdote santo que restauraria o verdadeiro culto a Deus, enquanto o Messias davídico, baseado em textos como 2 Sm 7:12-13 e Is 11:1-4, seria responsável pelo governo político e militar. Outros textos (1QS 9:11) incluem, também, a figura do Profeta11. Diferente da expectativa dos essênios e de outros grupos judaicos, o Novo Testamento apresenta Jesus como a fusão dessas duas figuras messiânicas. Ele é o rei davídico (Mt 1:1, Lc 1:32-33, Mt 21:9), bem como o sumo sacerdote segundo uma ordem superior (Hb 7:11-17, Hb 9:11-14 e Jo 17:19).

Ressalta-se, novamente, que a construção dessa imagem do Messias não é decorrente apenas da revelação divina, mas também é fruto de homens que se debruçaram sobre os textos bíblicos e buscaram compreender tais entrelaçamentos. Tais reflexões levaram, por exemplo, a entrelaçar a figura do Messias nesta profecia com a figura do leproso de Levítico 1312. Outro exemplo, correspondente ao judaísmo rabínico (Sucá 52a), é o desenvolvimento da figura do Massiach ben Yosef, um guerreiro da tribo de Efraim (descendente de José) que morreria lutando contra os inimigos de Israel, especialmente contra Gogue e Magogue. Sua morte traria um período de luto nacional e prepararia o caminho para o Mashiach ben David, que completaria a redenção final (Zc 12:10 e Is 53).

Por fim, cabe apontar para o Novo Testamento, que múltiplas vezes aponta para o cumprimento de profecias do Antigo Testamento na pessoa da Jesus Cristo, dando o ponto final em inúmeros entrelaçamentos iniciados no Antigo Testamento. Apenas no evangelho de Mateus, inúmeros exemplos podem ser citados. Jesus é apontado como o descendente de Abraão e Davi com direito ao trono de Israel (Mt 1:1), seu nascimento e infância são comparados de modo sutil aos de Moisés (Mt 1 e 2), seu ensino por meio de parábolas remete à sabedoria encarnada de Provérbios, ele aplica a profecias de Is 61:1-2 a si mesmo13, e todo o processo de crucificação remete às profecias de Sl 22 e Is 53:5.

O estilo ritualista

Finalmente, destaca-se o estilo ritualista da filosofia hebraica. Por ritualista, entende-se o “modus operandi da filosofia hebraica”14. Segundo Johnson (2023), “A Torá não promove um único ritual paradigmático o suficiente para compreensão, mas coreografa um calendário e uma matiz de ritos entrelaçados com comportamentos éticos que preparam os ritos para serem aceitos pelo Seu Deus”15. O ponto central deste tópico é destacar como os rituais prescritos na Torá possuem um elemento pedagógico que aponta para a natureza e obra do Messias, ensaiando o povo de Israel para compreender as ações de Cristo em Sua vinda.

A Torá apresenta diversos aspectos da identidade e da obra do Messias em suas práticas ritualísticas. O primeiro exemplo é a exigência de sacrifícios para ser aceito por Deus. Levítico elenca sete tipos de sacrifício, aplicados a diferentes circunstâncias e por motivos diversos. O passo a passo, a necessidade de animais com características específicas de pureza e a transitoriedade de seus efeitos apontam para a necessidade de um sacrifício superior. Ao longo do texto bíblico, fica evidente o aspecto didático de tais rituais. Isaías 53 apresenta o Messias como sendo uma oferta pela culpa16. O próprio relato do sacrifício de Isaque, bem como a necessidade de imposição de mãos sobre os animais sacrificados, denota essa característica de substituição desses em relação àquele que os oferta.

Outro exemplo se encontra na figura do sumo sacerdote, homem da descendência de Arão, ungido por Deus, responsável por servir como mediador entre o povo e Deus, oferecendo sacrifícios, alimentando o candelabro, preparando e oferecendo os pães da presença e entrando no Santo dos Santos no dia da expiação. Suas vestimentas se assemelham aos materiais e às cores do tabernáculo, de tal modo que, no exercício de sua função, é como se ele mesmo fosse parte do Tabernáculo. Toda a regulamentação apresentada para os seus serviços aponta para a natureza e obra do Messias. O Messias seria um sumo sacerdote, não sob a ordem de Arão, mas de Melquisedeque, servindo como um mediador entre o povo e Deus, oferecendo-se a si mesmo como sacrifício e servindo fielmente no Tabernáculo Celestial. Muitos outros exemplos poderiam ser dados para demonstrar tal ponto: a regulamentação das festas bíblicas, toda a regulamentação voltada à lepra (Levítico 13 e 14) e à dieta (Levítico 11) e ao tabernáculo, exemplos esses que exigiriam uma argumentação mais ampla do que se permite ao presente ensaio.

Um ponto a ser destacado é que as estranhezas (aspectos que fogem do padrão) em alguns desses rituais também levaram à profunda reflexão dos sábios sobre a figura do Messias. Um bom exemplo é o da novilha vermelha (Nm 19:1-10), apenas brevemente citado em Hb 9:13. O que chama a atenção é que a água da purificação, fabricada por meio do sacrifício da novilha vermelha e o uso de suas cinzas, serve para purificação do povo (Nm 19:12-22). No entanto, para produzir essa água de purificação, o próprio sacerdote tornava-se impuro no processo (Nm 19:7), o que descola dos demais rituais sacerdotais em favor do povo na Torá. À luz da revelação completa, fica evidente que essa “estranheza” aponta para a expiação da parte do Messias.

Conclusão

O ensaio explorou três elementos que caracterizam a filosofia hebraica (estilo pixelado, entrelaçamento e ritualismo) particularmente na construção da imagem do Messias. O assunto, por ser central às Escrituras, é muito mais extenso que os exemplos abordados, mas espera-se que as características da presença, persistência e relevância tenham sido demonstradas ao longo da argumentação. Espera-se que o ensaio sirva de exemplo didático para quem deseja compreender a aplicação da filosofia hebraica nos termos apresentados por Johnson (2023). 


1 JOHNSON, Dru. Filosofia bíblica: a origem e os aspectos distintivos da abordagem filosófica hebraica. Tradução de Paulo Ferreira. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2023, p. 130-131.

2 Aqui, o silêncio da parte de Deus é compreendido de maneira bastante cuidadosa, referindo-se apenas ao fato de que entre o episódio de José e a chegada de Moisés passam-se séculos, assim como entre Malaquias (último livro do Antigo Testamento) e a vinda de Jesus (relatada nos evangelhos).

3 Ex 1:15-22 e Mt 2:16-18.

4 Ex 24 e Hb 8:6.

5 Gn 50:26.

6 Gn 41:46 e Lc 3:23.

7 Massiach ben Yosef.

8 Ibid., p. 135.

9 Is 53:3.

10 Como pode ser observado no Testamento de Levi e no Testamento de Judá.

11 Conforme a Regra da Comunidade (1QS 9:11): “Eles não se afastarão de nenhum dos conselhos da Torá… até que venha o Profeta e os Messias de Aarão e Israel.”

12 A figura do Messias Leproso (Moshiach Metzora, משיח מצורע) é uma interpretação rabínica baseada em Isaías 53, especialmente na descrição do Servo Sofredor. Ela é citada em escritos como o Talmude Babilônico (Sanhedrin 98b) e o Midrash Rabá (sobre Rute 2:14), dentre comentários posteriores de rabinos renomados.

13 Lc 4:16-21.

14 Ibid., p.145.

15 Ibid., p. 145.

16 Is 53:10.


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Referência Bibliográfica

JOHNSON, Dru. Filosofia bíblica: a origem e os aspectos distintivos da abordagem filosófica hebraica. Tradução de Paulo Ferreira. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2023.

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