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O bruxo Nietzsche e a sua cosmovisão: uma crítica de C. S. Lewis

Artigo escrito por Thiago Junio de Almeida Ferreira1, estudante do Programa de Tutoria Avançada 2024


1. Introdução

O presente artigo objetiva investigar a cosmovisão e o perspectivismo em Nietzsche a partir da representação crítica de C. S. Lewis da ciência moderna como irmã gêmea da bruxaria. Esse empreendimento deriva-se do fato de a filosofia nietzschiana configurar-se como resultado das duas principais veias do pensamento moderno, o historicismo e o naturalismo, o que se apresenta como um ponto relevante para pensá-lo como uma das principais personificações do espírito de nossa época. Logo, verificar-se-á a substância de sua doutrina, a fim de compreender como a cosmovisão em Nietzsche é, para o ser humano, um adoecimento de sua natureza humana, bem como, no olhar irônico de Lewis, o filósofo prussiano poder ser visto como o bruxo da modernidade.

2. Nietzsche entre o historicismo e naturalismo

O antropólogo Ernest Becker identificou, conforme as reformulações psicanalíticas de Norman O. Brown da teoria freudiana, um empreendimento em curso desempenhado por cada indivíduo em direção à superação de sua terrível condição de criatura: a fórmula de Espinosa, a causa sui, isto é, a causa de si mesmo. Esta empreitada é a essência do complexo de Édipo, o projeto de tornar-se Deus, propósito que revela a natureza do narcisismo próprio à criança2; de algum modo, a infância da modernidade aparenta-se com a gênese do projeto edipiano, ante a radicalização do objetivo humanista introduzido gradualmente pelas concepções filosóficas modernas. O herdeiro, por sua vez, dessa ambiciosa iniciativa é o filósofo prussiano Friedrich Nietzsche, o qual recebe, em duas vias, tanto o naturalismo quanto o historicismo, e dá vazão a uma forma de filosofia que busca tal qual indicar a morte de Deus na sociedade de sua época, bem como salvá-la a partir de uma doutrina da transvaloração moral.

Segundo David K. Naugle, Nietzsche foi o apogeu das direções fornecidas pela revolução copernicana de Kant; ao compreender a decadência do pensamento ocidental, ele não foi somente o terminus ad quem do século XIX, mas também terminus a quo do sec. XX. Dessa maneira, as noções de Weltanschauung3 e perspectivismo tornaram-se nucleares para o filósofo como instrumento de avaliação de sua época, na medida que as ruínas do cristianismo e o declínio da filosofia idealista traduziam o fim de qualquer espécie de categorias transcendentes e metafísicas para referenciar a percepção da realidade e do mundo; consequentemente, a natureza e o processo histórico transformavam-se nas únicas categorias para tal atividade4. Peter Levine compreende que o trabalho de Nietzsche como filólogo acentuou a sua interpretação historicista da realidade e na concepção de uma Weltanschauung5. Para apreender a natureza de seu pensamento, com a finalidade de diagnosticar a cosmovisão contemporânea, é necessário apurar as suas influências filosóficas, que vão de Immanuel Kant a Ralph Waldo Emerson. 

2.1. Gêneses do pensamento de Nietzsche

Há dois conceitos fundamentais para o desenvolvimento do pensamento moderno no filósofo prussiano Immanuel Kant, os quais irão desembocar no perspectivismo de Nietzsche. Embora delimitasse a possibilidade do conhecimento para os fenômenos, sem o acesso ao νοούμενoν, isto é, a coisa-em-si, e estabelecesse a ruptura entre sujeito e objeto, no texto Resposta à pergunta: Que é esclarecimento?, Kant determina a autonomia do sujeito para buscar o conhecimento por si mesmo a partir do termo alemão Aufklärung, traduzido como esclarecimento ou Iluminismo6. Ao mesmo tempo, ele efetuou o que se denomina como a revolução copernicana na filosofia, na medida que os objetos de conhecimento não surgem por si mesmos, porém são apresentados conforme a iluminação do sujeito transcendental, o que determina aquela cisão entre sujeito e objeto: este é considerado não mais como a coisa-em-si, mas como fenômeno, aquilo que aparece para o sujeito.

Assim como Kant, Nietzsche também cria na natureza construtiva da mente humana, embora em um grau maior. Ao aderir às categorias a priori kantianas, ele não se interessava na possibilidade de seus juízos, mas na necessidade deles, esta a qual, por sua vez, não se deriva da verdade dos juízos, e, sim, da indispensabilidade para a preservação da humanidade. Destarte, tais categorias não são as únicas possíveis; em um impulso dionisíaco, ao rejeitar a coisa-em-si, o filósofo fez uma ode à liberdade e à capacidade criativa da mente, o que lhe permitiu um apreço pela multiplicidade de vias cognitivas e lógicas7.

Outra influência particular é o pai do Transcendentalismo8, o filósofo americano Ralph Waldo Emerson. No ensaio Experiência, Emerson argumentou sobre o forte impacto dos fatores subjetivos na relação do ser humano com o mundo. O temperamento de um indivíduo possui uma determinação direta sob sua apreensão do mundo, de modo que o “sonho nos entrega a sonhar, e não existe fim para a ilusão. A vida é um comboio de humores como um colar de contas, e, à medida que passamos por eles, estes mesmos provam ser lentes multicoloridas que pintam o mundo com sua própria tonalidade, e cada uma mostra apenas o que está em seu foco”9.

Esse temperamento acessa ao sistema de ilusões de um indivíduo e o enclausura a uma prisão invisível de vidro. Dessa maneira, essas lentes, para Emerson, teriam um poder criativo, pois

Aprendemos que não vemos diretamente, mas mediatamente, e que não temos maneiras de corrigir essas lentes coloridas e distorcidas que somos, ou de computar a quantidade de seus erros. Talvez essas lentes-sujeito tenham um poder criativo; talvez não existam objetos. Uma vez vivemos no que vimos; agora, a voracidade desse novo poder, que ameaça absorver todas as coisas, envolve-nos10.

Além dessas duas influências, o naturalismo e o historicismo assumem preponderância sobre a forma do pensamento de Nietzsche. Como uma doutrina materialista, a primeira defende que não há qualquer distinção entre natureza e supranatureza e a tese de que o homem pode e dever ser entendido, em todas as suas instâncias, apenas em relação à natureza e às coisas existentes nela, com base nos conceitos científicos11. Por sua vez, o historicismo, cuja gênese, na forma encontrada no filósofo prussiano, já se vê na divisão determinada por Wilhelm Dilthey entre as ciências naturais e as disciplinas historiográficas, abstrai do processo histórico a revelação de Deus, e a concebe como um “movimento incessante que empolga tudo, mesmo a verdade e os valores, imediatamente depois do instante em que florescem”12. Desse modo, essa tese é embebida de um relativismo, pois as expressões históricas são esvaziadas de valores e de categorias absolutas conceituais. O evolucionismo biológico, conforme sua essência naturalista, que desemboca numa visão da história como mera manifestação dos processos frios e destituídos de significados últimos da natureza, recai sobre o pensamento nietzschiano.

2.2 Cosmovisão e perspectivismo em Nietzsche

Conforme Levine, Nietzsche precisou do conceito de Weltanschauung já em seu desenvolvimento inicial13, o qual parece ter sido assim definido por ele como “uma perspectiva sobre a realidade e uma concepção básica da vida”14. Pesquisas mostram que o filósofo não dera muita atenção ao termo e, por isso, em resumo, as “cosmovisões são entidades culturais das quais as pessoas numa dada localização geográfica e contexto histórico dependem, às quais são subordinadas e das quais são um produto”15. Assim, são identificadas conforme um horizonte de perspectiva, de modo que uma Weltanschauung é uma estrutura que delimita a interpretação da realidade de um determinado indivíduo16.

Conforme Nietzsche, cosmovisões são reificações, na medida que são “criações subjetivas de criações subjetivas de conhecedores humanos, em contextos sociais formativos, que impõem a perspectiva deles sobre a natureza, sobre Deus, sobre a lei ou sobre alguma outra autoridade presumida”17. Contudo, como reificações, estes indivíduos esquecem-se de que são eles mesmos criadores de sua própria forma de ver o mundo, de modo que qualquer alegação de verdade de uma Weltanschauung é mera convenção, isto é, resultado de hábitos e costumes linguísticos. Em Sobre verdade e mentira no sentido extramoral, Nietzsche define a verdade como

Um exército móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, numa palavra, uma soma de relações humanas que foram realçadas poética e retoricamente, transpostas e adornadas, e que, após uma longa utilização, parecem a um povo consolidadas, canônicas e obrigatórias: as verdades são ilusões das quais se esqueceu que elas assim o são, metáforas que se tornaram desgastadas e sem força sensível, moedas que perderam seu troquel e agora são levadas em conta apenas como metal, e não como moedas […]”18.

Assim, a obrigação pela verdade se transforma numa mera convenção social, como jogo de dados dos conceitos. O sentimento de verdade e a repetição de imagens conceituais ao longo da história e na sociedade gera a relação causal entre palavra e coisa, cuja causa se encontra no esquecimento das metáforas intuitivas e confusão pelas próprias coisas; isso, por sua vez, leva à petrificação de uma metáfora, a definição essencial de verdade para Nietzsche19. Face a esse relativismo radical, estabelece-se o perspectivismo, a tese de que a percepção e o pensamento têm lugar a partir de uma perspectiva que é relativa. Conforme Naugle, essas teses, diante do esfacelamento da verdade, impõe a questão de como viver em face do “niilismo metafísico, epistêmico e moral nativo ao historicismo da Weltanschauung20, o que aprofunda a relação entre cosmovisão e perspectivismo. Se o último foca a perspectiva de uma pessoa sobre o mundo, esta é, por sua vez, sua própria cosmovisão.

Dessa maneira, surge a figura do Übermensch, conceito que descreve o ideal de humanidade nietzschiano. Como alguém acima do bem e do mal, que busca a transvaloração de todos os valores através da vontade de potência, na manifestação criativa em superar o niilismo e em reavaliar ideais velhos ou em criar novos, ele cria os seus próprios valores e reafirma a terra em detrimento de uma esperança supraterrena. Segundo Nietzsche, o ser humano possui uma força motriz que o move e o define e essa força é a vontade de poder ou potência, que busca reafirmar a terra e as coisas terrenas, sem qualquer esperança para além do mundo terreno.

3. C. S. Lewis e a abolição do homem

Em Abolição do homem, o crítico literário e ensaísta C. S. Lewis busca realizar um exame dos paradigmas da educação moderna e criticar os pressupostos instrumentais do saber científico e do relativismo presente na concepção moderna. Ele metaforicamente identificou o absoluto com a palavra chinesa Tao, para demonstrar que toda noção de valores morais de diversas sociedades e culturas tradicionais e ocidentais teria origem nele. No momento em que alguém queira pisar fora nos limites do Tao e estabelecer seus princípios, na verdade está apenas trabalhando com os seus destroços e restos.

Portanto, Lewis compara os esforços da ciência moderna com os da própria bruxaria — situando-os como irmãos gêmeos —, naquilo que ele denomina como oferta do bruxo: esta consiste em que o homem ceda objeto atrás de objeto e, por último, a si mesmo à Natureza em troca de poder. Tornar tudo como mera natureza, a fim de investigá-la para manipulá-la, qual seja, dispor do seu objeto em um laboratório, dissecá-lo, revelar sua anatomia, com fins instrumentais, é a oferta do bruxo; a bruxaria, nesse sentido, é irmã gêmea da ciência, na medida que ela também busca, por meios mágicos, exercer domínio sobre a natureza e conformá-la ao ser humano, como a própria ciência o realiza, contudo por meios racionais. O fato é que, transformar todas as coisas em natureza, para dominá-la, na verdade é ceder poder para a própria, até o ponto em que o homem deixe de sê-lo e se torne mera natureza. Ele escreve:

Portanto, no momento mesmo da vitória do Homem sobre a Natureza, encontramos toda a raça humana sujeita a alguns poucos indivíduos, e estes indivíduos sujeitos àquilo que neles mesmos é puramente “natural” – aos seus impulsos irracionais. A Natureza, livre dos valores, controla os Manipuladores e, por intermédio deles, toda a humanidade. A conquista do Homem sobre a Natureza revela-se, no momento da sua consumação, a conquista da Natureza sobre o Homem. […]20.

A cosmovisão de Nietzsche radicaliza a inversão proposta por Kant conforme a sua revolução copernicana, na medida que a forma dos objetos não se encontra mais, como compreendiam os antigos, nos próprios objetos, mas no sujeito. Esse ideal como forma de instrumentalização da natureza se precipita para a concepção antropológica: o homem enquanto Übermensch, na superação da humanidade, perde esta mesma. A cosmovisão em Nietzsche, como conclusão das duas grandes veias da modernidade — o historicismo e o naturalismo — revela-se como uma forma de doença para o próprio indivíduo; na linguagem de Lewis, o filósofo prussiano é um bruxo da modernidade.

Já a moral de Nietzsche é um exemplo de simples inovação. […] Mas a ética nietzschiana só poderia ser aceita se estivéssemos dispostos a descartar a moral tradicional como um simples erro, se nos puséssemos em uma posição de onde não pudéssemos encontrar nenhum fundamento para os juízos de valor. Essa é a diferença entre um homem que nos diz: “Já que você gosta de comer legumes frescos, por que não os planta no quintal para comê-los ainda mais frescos?” e um que nos diz: “Jogue fora esse pedaço de pão e experimente comer tijolos ou centopéias em vez disso”21.

Destaca-se que, nos moldes da causa sui, Nietzsche é a personificação do bruxo moderno, com uma proposta de cosmovisão que provoca o adoecimento da humanidade, na medida que busca romper com um ideal metafísico. A origem dessa doença se põe na manutenção da morte de Deus.

4. Conclusão

A modernidade pode ser denominada como um projeto edipiano de causa sui, como se expressa nas propostas filosóficas gestadas a partir do princípio de autonomia humana. Duas vertentes que se inauguram no seio dela, o historicismo e o naturalismo, encontra em Nietzsche uma expressão máxima, o terminus ad quem do século XIX, mas também terminus a quo do século XX. Nele, se presentifica heranças kantianas sobre a Aufklärung e a revolução copernicana na filosofia, bem como a influência do temperamento na cosmovisão de um indivíduo, conforme a interpretação de Emerson.

Assim, a Weltanschauung, em Nietzsche, assume uma profunda relação com o perspectivismo, em direção à anulação da metafísica e de qualquer ideia de verdade absoluta, compreendida como mera metáfora, isto é, mentiras petrificadas. O Übermensch, produto final de sua cosmovisão, radicaliza esse processo de transvaloração de todos os valores pela vontade de potência.

C. S. Lewis, a partir de sua crítica aos pressupostos instrumentais do saber científico e do relativismo presente na concepção moderna, demonstra a relação entre ciência e bruxaria, conforme a oferta do bruxo: ceder objeto atrás de objeto e, por último, a si mesmo à Natureza em troca de poder. Logo, o produto final da Weltanschauung nietzschiana, a superação da humanidade, expressa a própria perda da humanidade; essa forma de cosmovisão, sobretudo, é a figuração mais acabada da bruxaria moderna, o que, ironicamente, permite apresentar o filósofo Nietzsche como o bruxo da modernidade.


1 Graduando em Filosofia (Licenciatura) pela Universidade Federal de Minas Gerais. Graduado em Jornalismo pela PUC Minas. Líder do Núcleo de Filosofia Cristã da ABC². E-mail: [email protected].

2 BECKER, Ernest. A negação da morte. Tradução: Otávio Alves Filho. São Paulo: Nova Fronteira, 1976.

3 Termo alemão que pode ser traduzido como cosmovisão. Teve sua primeira ocorrência em Kant, embora tenha sido elaborado em sua melhor forma pela primeira vez em Dilthey. Cf. David Naugle, Cosmovisão: a história de um conceito (Brasília: Monergismo, 2017).

4 NAUGLE, David. K. Cosmovisão: a história de um conceito. Tradução: Marcelo Herberts. Brasília: Monergismo, 2017, p. 127.

5 Ibid., p.127.

6 KANT, Immanuel. Resposta à pergunta Que é “Esclarecimento” [“Aufklärung”]? In: KANT, Immanuel. Textos seletos. Tradução: Floriano de Souza Fernandes. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1985, p. 100-117.

7 Naugle, op. cit., n.p.

8 EMERSON, Ralph Waldo. The complete essays and other writigns of Ralph Waldo Emerson. New York: Modern Library, 1950, p. 87-106.

9 Ibid., p. 345.

10 Ibid., p. 361. Tradução nossa.

11 ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. Tradução por Alfredo Bossi, 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007, p. 698.

12 Ibid., p. 508.

13 Levine, p. xv. apud Naugle, 2017, p. 128-129.

14 Ibid., p.129.

15 Ibid., p.129.

16 Ibid., p.129.

17 Ibid., p.129.

18 NIETZSCHE, Friedrich. Sobre a verdade e a mentira no sentido extramoral. Trad. Fernando de Moraes Barros. São Paulo: Hedra, 2008, p. 36-37.

19 Idid., p. 36-45.

20 NAUGLE, op. cit., n.p.

21 LEWIS, C. S. A abolição do homem. Tradução por Remo Mannarino Filho. 2ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012, p. 28.

22 Ibid., p. 21.


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Referências bibliográficas

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. Tradução por Alfredo Bossi, 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

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KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Tradução de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. 8ª ed. Lisboa: Fundação Calouste.

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