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Resenha: A batalha pertence ao Senhor

Escrita por Rebeca de Queiroz Batista, estudante do Programa de Tutoria Essencial 2022


OLIPHINT, K. S. A batalha pertence ao Senhor: o poder das Escrituras para a defesa de nossa fé. Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto; Marcelo Heberts. Brasília: Monergismo, 2013. 188 p.


A obra A batalha pertence ao Senhor, de Scott Oliphint, foi publicada em português no ano de 2013 pela editora Monergismo. Composto por 188 páginas divididas em introdução, seis capítulos, conclusão e dois apêndices, o livro aborda a apologética a partir de um posicionamento pressuposicionalista. Oliphint defende a ideia de que a apologética deve ser feita considerando a Bíblia como fonte primária de prova e orientação e, portanto, o objetivo da obra “é indicar os princípios bíblicos que fornecerão um fundamento para essa tarefa [apologética]” (p. 7). Com uma linguagem acessível e uma escrita fluida, o autor leva seus leitores a percorrerem a Palavra de Deus aprofundando alguns textos-chave para o fazer apologético. Uma sugestão apresentada no prefácio é a de estudar o livro em pequenos grupos de estudo, com a possibilidade de elaborar respostas para as perguntas propostas pelo autor no final de cada capítulo. 

Na introdução, o autor apresenta a forma clássica de se fazer apologética e expõe por que essa não pode ser considerada a melhor forma, informando ao leitor que seu objetivo é levá-lo a enxergar a apologética como essencial à vida do cristão, e a Bíblia como principal recurso apologético. Nessa seção, o autor também apresenta a passagem de 1Samuel 17, de onde retira três princípios que podem ser considerados ao se pensar em apologética e como eles se relacionam com a batalha que pertence ao Senhor dos Exércitos. 

Nos três primeiros capítulos, Oliphint reforça como a apologética é importante na vida de todo cristão. No primeiro capítulo, ele utiliza o texto de 1Pedro 3.15-17 para mostrar como o apóstolo Pedro nos dá uma perspectiva de como devemos defender nossa fé e que a Bíblia é a principal fonte para isso, sendo Deus o maior interessado nessa batalha. O autor também nos apresenta como podemos olhar para a Bíblia pensando no exercício de meditar nos textos bíblicos e fazer perguntas de sondagem destes textos. No segundo capítulo, Oliphint traz uma perspectiva sobre o livro de Judas e como a apologética pode e precisa ser usada com os de dentro da igreja. Os falsos mestres não existiram apenas no Novo Testamento, mas precisam ser combatidos pela Palavra até hoje. No terceiro capítulo, o teólogo utiliza de 2Coríntios 10.3-5 para lembrar que a Bíblia deve ser nossa autoridade última e que não devemos nos amedrontar diante da necessidade de defender a fé, principalmente dos falsos mestres. Ele também chama a atenção para como devemos realizar esta tarefa de modo humilde e manso, embora com autoridade.

No quarto capítulo, Oliphint aborda o texto de Romanos 1, enfatizando que o evangelho é o poder de Deus e que este deve ser apresentado aos incrédulos, mesmo que eles não creiam, pois, essa é a verdade que deve ser considerada, não o que o incrédulo acredita. O autor também enfatiza o que é a ira de Deus, dando uma introdução ao tema que será abordado posteriormente. 

No capítulo cinco, o autor se dispõe a mostrar, através da Palavra, como o ser humano tem um conhecimento de Deus, porque este se fez conhecido a todos, o que faz com que todos estejam em um relacionamento com Deus (embora nem todos estejam num relacionamento salvífico com Ele).  A partir daí, o autor traz o conceito de que todos adoram um ídolo quando não adoram ao Deus verdadeiro. No capítulo seis, Oliphint utiliza o texto de Atos 17 para mostrar algumas das estratégias que Paulo usou para apresentar o evangelho aos atenienses de uma forma que houvesse um ponto de contato com eles, mas trazendo suas premissas verdadeiras para a luz de Cristo, para eles poderem encontrar a verdade que há em Jesus. O autor apresenta a importância da persuasão e como o apóstolo Paulo fazia apologética. 

Após a conclusão, o autor ainda apresenta dois apêndices, sendo o último um guia de passagens bíblicas que podem ajudar com os princípios apresentados no livro. Com uma linguagem acessível, a obra de Scott Oliphint nos aproxima da Bíblia e de como podemos fazer a apologética a partir dela. A leitura desse livro, além de trazer elementos práticos, anima e encoraja todos os cristãos a se esforçarem para estar “preparados para responder a qualquer pessoa que vos questionar quanto à esperança que há em vós”.