
Fides Quaerens Intellectum
Neste ensaio, veremos que Anselmo se esforça por fazer sua teologia em segunda pessoa, diante de Deus, permitindo que observemos em seus escritos o que é uma fé em busca de compreensão.
Neste ensaio, veremos que Anselmo se esforça por fazer sua teologia em segunda pessoa, diante de Deus, permitindo que observemos em seus escritos o que é uma fé em busca de compreensão.
Existe uma tensão entre o crer e o entender. Será que a razão deve preceder a fé, ou o contrário? Este é o tópico central do presente texto.
É possível falar em Deus valendo-se apenas da razão? Na busca por conhecimento racional, onde fica a fé? Essas perguntas permearam os debates da Idade Média e, mesmo após a vitória declarada da racionalidade pelo Iluminismo, a busca por entender a relação entre as duas não cessou.
A simples leitura de que não há como negar a existência de um ser maior sobre qualquer outro ser, tornando assim a existência de Deus necessária, pode parecer um racionalismo puro e estéril de qualquer fé, um conhecer para crer.
Além do argumento ontológico, Anselmo produziu conteúdos variados – inclusive no próprio Proslogion, que normalmente é reduzido à sua apresentação do argumento da existência divina.
Se Deus existe e porque Ele existe, o “e daí?” deve ser respondido única e exclusivamente com coerência. O amor deve guiar a tomada de decisões daquele que chega à conclusão da existência de um ser que se autodenomina amor.