Falar sobre dinheiro é um tabu em nossa sociedade. Poucas pessoas discordariam disso. Ainda que os canais de educação financeira tenham crescido muito nos últimos anos, as conversas são superficiais, majoritariamente, em torno de produtos financeiros, explorando o desejo impetuoso do ser humano em fazer mais dinheiro como principal solução para seus problemas.
As sementes do progresso foram plantadas no Éden, quando a tentação de progredir ao nível de Deus foi abraçada e consumada pela desobediência ao seguir um engano de que era possível ser ou fazer qualquer coisa à parte de Deus.
E se as barreiras da biologia fossem ultrapassadas? E se nos tornássemos super-humanos?
A economia não é um terreno neutro, deslocado de outros aspectos da vida. Porém, descrições econômicas atuais parecem colocá-la num céu à parte, autônoma e forte o suficiente para trilhar seu próprio caminho.
Estamos sempre com pressa. É isso que a vida nas grandes metrópoles revela. Mas será que a pressa é o modus operandi do ser humano ou fomos domesticados?
Goudzwaard apresenta argumentos para propor que os problemas econômicos da sociedade ocidental não decorrem apenas de problemas nas estruturas econômicas e sociais, mas decorrem de um motivo subjacente de fé.
Quando se trata de infância o problema que se instala é ainda mais profundo, porque se trata de uma condução da criança para ser o resultado de um progresso e não um ser humano integral.
Do mesmo modo que o sal tem o papel de realçar aquilo que há de melhor no alimento e ao mesmo tempo preservá-lo para que não se decomponha, os cristãos são comissionados a pregar o evangelho, promover o bem comum e o desenvolvimento da sociedade.
Da conexão entre doutrina e vida devemos ser conduzidos a uma compaixão genuína pelos necessitados.
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